Fachada de um dos
pavilhões de exposições. O anexo incorporado à lateral dos três blocos é um volume limpo, essencial
Dados técnicos:
-Capacidade para 50.000 pessoas-Volume de terraplenagem 213.000m²
-Volume de concreto 41.500m²
-Ferragem utilizada 4.900ton
-Ar condicionado com 2.400ton de refrigeração/hora
-Capacidade de energia 10.750kva
Projetado na segunda metade da década de 1990, o Centro de Exposições
Expominas - que alguns mineiros apelidaram de Uainhembi, em referência
brincalhona ao conhecido conjunto expositivo paulistano - foi concluído no
primeiro semestre de 2006. O término ocorreu com a implantação de mais dois
pavilhões para mostras e do espaço que os conecta à arena de eventos. Mas não
se trata de arquitetura datada: a edificação exibe-se em plena forma,
tecnicamente avançada e esteticamente contemporânea.
O programa é complexo tanto pela dimensão - quase 72 mil metros quadrados
de área - como pela demanda por uma flexibilidade capaz de atender exposições e
eventos de diversas naturezas, incorporando a logística necessária a eles. Gustavo Penna solucionou-o com traços
diretos e uma objetividade que permitiria descrever o conjunto, sucintamente,
como três quadrados e um círculo. Não há enfeites, não há excessos. As áreas
agregadas não são apêndices, mas instalações que fornecem a essencial
infra-estrutura ao centro expositivo.
Implantado no parque da Gameleira, o Expominas tem seu acesso nobre voltado
para a avenida Amazonas. Os quatro blocos construídos se distribuem em
lote de 185 mil metros quadrados e foram posicionados na fração do terreno mais
próxima da linha férrea - uma passarela de 186 metros, em estrutura metálica,
faz a ligação com a estação Gameleira do metrô. As edificações possuem estética
industrial, com coberturas metálicas em vãos de 25 metros e fechamentos com
telhas termoacústicas do mesmo material. “É uma imagem tecnológica, vibrante,
contemporânea e em harmonia volumétrica com os edifícios existentes”, avalia o
autor.
Encontro das laterais de um dos
blocos do complexo expositivo, marcado pela estética industrial.
Vista lateral dos pavilhões em
direção ao hall de acesso e ao portal (à direita).
Rampas que partem do portal conduzem
aos diferentes pavimentos do hall nobre.
A versatilidade de uso é uma das principais características do Expominas. Os três pavilhões, com estrutura metálica, têm 75 metros de vão livre e pés-direitos de 17,50 metros. Sua modulação permite diferentes arranjos, em que podem ser montados estandes de cinco metros de profundidade, separados por ruas internas com largura entre três e cinco metros. Cada um dos blocos dispõe de sanitários, lanchonetes e salas para a administração. Essa independência permite a simultaneidade de ocorrência, montagem e desinstalação de eventos. Em acontecimentos de maior porte, os pavilhões podem ser interligados pela abertura de grandes portas acústicas corrediças.
A galeria de acesso ao conjunto tem a forma de varanda e foi projetada com 15 metros de vão. Essa dimensão permite que o local receba produtos distintos daqueles que são objeto das feiras mas que, por alguma razão, podem se beneficiar dos clientes atraídos pelo evento. Junto à galeria/varanda, mas em cota inferior, ficam os auditórios e as salas de reuniões de apoio às exposições. Essas instalações dispõem de painéis divisórios acústicos que propiciam a montagem de espaços de acordo com as necessidades. São dotadas de sistemas eletrônicos de tradução simultânea, equipamentos de áudio, vídeo e luminotecnia.
Os subsolos dos pavilhões foram destinados às operações de carga e descarga, além de acomodar contêineres, material de carpintaria, serralheria e reunir espaços para artes gráficas e depósitos dos montadores. Os acessos externos são facilmente identificáveis, o que contribui para a independência da imagem institucional de cada evento.
A flexibilidade é
uma das qualidades do espaço, capaz de receber
exposições dos mais diferentes temas e produtos.
exposições dos mais diferentes temas e produtos.
Nas laterais dos
pavilhões foram implantadas as instalações que
fornecem infra-estrutura para os
eventos.
Os pavilhões
permitem a montagem de estandes com até cinco metros de
profundidade, separados por ruas com
larguras variáveis.
No auditório, que
comporta até 600 pessoas, a iluminação procura criar clima acolhedor.
“O resultado é um conjunto urbanístico arquitetônico digno e eficiente,
que se harmoniza com a preservação dos edifícios históricos do parque”, avalia
Penna. “Ele está dentro de modernos conceitos de revitalização urbana para
configurar um marco da vocação mineira como pólo nacional de exposições e
eventos.” Deve ter razão o autor, pois, na inauguração do complexo, o
governador mineiro Aécio Neves foi também monumental ao qualificar o Expominas:
“É o mais moderno centro de convenções do país e, talvez, da América do Sul”.
A acessibilidade
para o Expominas é certamente, uma das melhores dentre os centros de eventos do
país. O Parque dista apenas 6 km da região central de Belo Horizonte, onde encontram-se
grande parte dos melhores hotéis, restaurantes, bares, boates, parques e pontos
de entretenimento em geral. Por duas vias chega-se do Centro ao
Expominas. São elas:
- Metrô: da estação
Central até a estação Gameleira;
- Av. Amazonas: é possível tomar a avenida Amazonas (onde encontra-se o
Expominas) desde a Praça
Raul Soares, região central, ou vir pela Via Expressa (Av. Tereza Cristina) e entrar na Av. Amazonas nas proximidades do
Expominas.
A comunicação também é um
fator de grande interesse aos promotores de eventos. O Expominas possui
aproximadamente 4.000 pontos de internet banda-larga, telefones públicos e,
como já seria de se imaginar, cobertura GSM das quatro maiores operadoras do Brasil.
Esse centro abriga
regularmente feiras e eventos de grande porte, além de grandes congressos
de âmbito nacional e internacional e outras atividades, como lazer e
entretenimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário